sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Aos que estão: Passando, partindo e já passaram. - DALira

1
-Velho amigo! Onde estás?
-Cá entre nós?
Quem o soube informar?!

-Agora sei...
Se bem que pouco no teu dia a dia,
Inda um pouco de tua alegria,
Pouco bem pouco do teu velho humor...

Então hoje em dia sempre urgente,
Não devo demorar-me eficiente,
Em breve te farei uma visita.

2
Amigo, sei que definhas! Até quando?
Te assemelhas talvez, a um sol poente,
Mas teu riso de raiar inda se sente,
Mesmo se pondo... Se pondo... Mesmo se pondo.

"Não devo demorar-me; Eficiente."
Devo acordar-me cedo, muito cedo;
Devo ainda escutar algum segredo,
Do sol que nasce, ou do sol poente.

Mas, quando acordar talvez haja tal vazio,
Nada de segredo, nada de sol,
Nem uma resta de quer de arrebol...

Então, nem eu; Tampouco serás tardio,
Pois, em outras claras, outras dimensões.
Inventaremos por certo outras manhãs.
 

Agora sim, é certo! Passastes.
De declínio, em declínio, como um sol,
Nem pude acompanhar teu arrebol
Nesta hora em que declinastes.

Agora sim! Embora, ambos ausentes...
Continuamos em contínua caminhada.
Cada um, seguindo sua jornada
Assim mesmo, em planos diferentes; Ausentes

"-Eu... De tudo mais que a visão.
"-Tu, mas além na vasta amplidão.
"Deixaste só memórias derradeiras."

Mas, uma coisa sei amigo: É que um dia, 
Nas eternidades dessa moradia,
Seremos inda mais irmãos, e companheiros.


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